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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Aprendendo. E vivendo.

Do pão que temos, devemos comer apenas o suficiente para saciar a fome.
Das heranças que recebemos, devemos aproveitar só o que nos convém.
E não estou falando de heranças materiais. Falo daquilo que aprendemos com alguém e passamos para o próximo.
Costumes, hábitos, bons modos... São exemplos de cargas culturais que vão sendo transmitidas quase que automaticamente a cada geração.
Alguns trazem em si, heranças de Hitler, outros de Marx, outros de Zumbi... E assim, formam-se sociedades diferentes, porém iguais. Fala-se tanto acerca da evolução humana, sem notar que somos feitos de outros. Somos feitos daqueles que nos ensinam. Absorvemos informações e isso basta. Não há interesse, não há questionamento, não há contradições. Seria essa passividade também uma herança? Do militarismo, talvez.
A moralidade do Medievo, por exemplo. A modo maniqueísta de pensar, a divisão entre o bem e o mal. São ideias inatas. Vezes mutáveis, vezes não. Mas que sempre constituem a mentalidade de alguém aqui ou ali.
A herança que mais me impressiona é a trazida do mercantilismo. O surgimento de uma nova classe: A burguesia. Surgiram ali os comerciantes... Bons homens, bons de negócio, bons de dinheiro. Independente dos meios usados, as ideias burguesas findavam em lucros. Podiam escravizar, matar, roubar, pecar... Todavia, lucravam!
Vê-se o surgimento dessa classe social como um avanço para a sociologia. O homem concretizando seu poder de obter capital. Deveria gerar uma boa herança...
O que mais me incomoda, não é a imensidão de consequências geradas de um ponto de vista social. Podemos avaliar por esse ângulo a Desigualdade social, por exemplo, porém essa é uma questão muito ampla.
O que me deixa impressionada é a aplicação das ideias burguesas hoje. Em tudo. Tudo.
O homem ama, mas espera receber algo em troca. Prestamos favores, e não os esquecemos... Combramos esse favor, como fora uma dívida. Aplicamos juros a atrasos afetivos. E pagamos em dia nossos deveres. Traçamos o lucro como objetivo de tudo.
Não nos esqueçamos: Comerciantes falem. Economias quebram. E moedas desvalorizam. Não confundamos as coisas. Amar, sem esperar em troca. Ajudar, sem pensar em receber ajuda. COMPARTILHAR, na consciência de que há outros junto a nós. Na mesma luta, na mesma vitória ou derrota. Que receberam parte igual da nossa grande herança.

4 comentários:

  1. Ai que saudades que eu estava dos seus textos Li... Achei muito lindo, de verdade! *-*
    Saudades de você, beijo.

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  2. Curti viu liza!
    Nossa, ta escrevendo demaaaaaaaaaais!!!!!!
    beijaaao!!!!

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  3. Oi Liza, gostei do texto. Nós repetimos mesmo muitas coisas de nossos pais. Algumas positivas, outras não. Algumas das quais nos orgulhamos, outras da quais nos envergonhamos. O bom é que segundo a Bíblia (e parece comprovado pela terapia da Dra. Renate) as coisas boas que fazemos influenciam maior número de gerações que as coisas ruins. Isso é uma grande motivação para agir bem, não acha? Um abraço, da tia Lu. E continue escrevendo, isso é muito lindo.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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