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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

[parte I] E como sempre...


Ele não sabia o que queria, ela sabia o que queria: ELE.
Pois foi assim por um bom tempo, até que não podendo mais suportar toda aquela sede de amor que descia à sua garganta todos os dias, ela surpreendeu.
Calculou o melhor momento, ensaiou as melhores palavras, previu reações e enfim, disse o que queria.
Ele pestanejou, como ela já esperava;
Bagunçou um pouco os cabelos, já soava como um sim;
Até que disse, tão friamente quanto um gelo tocando à pele, que não queria o mesmo.
Tudo havia sido previsto, menos essa hipótese. Todos os sims foram calculados e analisados, mas apenas os sims. Ela esperava reações diferentes, mas não esperava um não.
O mundo parecia girar em descompasso, e ela era incapaz de ouvir o que se passava ao redor. A única palavra que se repetia incansavelmente a seus ouvidos era o não. O "não" tão brusco e indesejado o qual saíra da mesma boca que ela desejara com clamor.
Aos poucos, e bem poucos, o mundo foi retomando seu rítimo, e outras palavras ela já podia assimilar. Mas nunca, depois daquele dia, seus dias foram os mesmos. O sentimento mudou. O que era vontade de amar, tornou em vontade de se vingar. Ela estava disposta: Ele teria o troco.


****CONTINUA****

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